Louvável é a iniciativa do Governo do Estado de criar um sistema para intermediar a relação entre as vagas oferecidas pelo mercado e as pessoas que procuram emprego.
No entanto, sabemos que se trata de uma medida apenas paliativa.
O problema real do mercado de trabalho não se resume à comunicação das vagas, mas, sim, a uma legislação trabalhista que com seus encargos – INSS, SESI, SENAI, SEBRAE, INCRA, Salário Educação, Seguro Acidente, FGTS, Férias, Repouso Semanal Remunerado, Feriados, Aviso Prévio, Auxílio Doença, 13º salário, Multa rescisória, Adicional, Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, contribuições para o PIS/PASEP, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, COFINS, IPI e Contribuição para a Seguridade Social – acrescenta 112% ao custo de cada empregado contratado. Ou seja, você contrata um funcionário e paga dois.
Outro problema é a qualificação. Se por um lado tem muita gente procurando emprego, o que se vê, por outro, é que grande parte dessa mão-de-obra desempregada não é ou está qualificada.
Enfim, só para se ter uma idéia: dados do ano passado mostravam que mais de 20 pessoas chegavam, por dia, a Sorocaba para trabalhar. Todo esse contingente é importado porque não temos mão-de-obra qualificada e disponível para atender às vagas oferecidas.